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Maio 2025

O futuro da cardiologia: penso inteligente português repara corações

Investigadores das universidades de Coimbra e do Porto desenvolveram um inovador "penso cardíaco inteligente" que utiliza os próprios batimentos do coração para melhorar a sua função elétrica e auxiliar na recuperação após um enfarte do miocárdio. Este dispositivo é composto por um biomaterial piezoelétrico, capaz de gerar impulsos elétricos em resposta aos movimentos cardíacos, promovendo assim a regeneração do tecido afetado. O estudo, publicado na revista científica Materials Today Bio, foi conduzido por equipas do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC). Segundo o investigador Lino Ferreira, líder da equipa do CNC, os testes 'in vitro' com estes adesivos mostraram-se "muito promissores", levando à avaliação da sua eficácia e segurança em modelos animais no contexto do enfarte do miocárdio. A investigadora Diana Nascimento, do i3S, destacou que este penso é único porque, ao ser colocado na superfície do coração, aproveita os batimentos cardíacos para gerar novos impulsos elétricos. Testes em ratinhos demonstraram que os biomateriais piezoelétricos melhoram a condução elétrica do coração e ajudam na sua recuperação após enfarte. Além disso, em testes com corações de porco, a aplicação deste dispositivo não interferiu com a função normal do coração, atestando a sua segurança. Esta abordagem terapêutica poderá minimizar a ocorrência de arritmias, uma das principais complicações, que podem ser fatais, do enfarte do miocárdio. Atualmente, os investigadores estão a explorar outras funcionalidades deste biomaterial no âmbito do projeto europeu REBORN, visando combinar os efeitos benéficos do biomaterial com o potencial de libertação controlada de fármacos para promover a regeneração do tecido cardíaco.

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Bebé recebe primeiro tratamento CRISPR personalizado

Dezenas de pessoas já foram tratadas com terapias baseadas em CRISPR para condições genéticas tal como a anemia falciforme. No entanto, uma terapia feita à medida para uma pessoa nunca tinha sido observado. Este foi o caso de Kj Muldoon , um bebé com apenas 6 meses, para quem investigadores desenvolveram uma terapia para corrigir um gene específico do seu genoma. Muldoon herdou 2 mutações, uma de cada pai, que afetam a produção de fosfato de carbamoílo sintase 1 (CPS-1), uma enzima crucial para processar compostos nitrogenados derivados da quebra de proteínas. Consequentemente, o seu sangue tinha altos níveis de amoníaco, um composto particularmente tóxico para o cérebro. O melhor tratamento para a deficiência de CPS-1, que seria um transplante de fígado, não seria viável devido à idade de Muldoon. De tal modo, uma equipa internacional desenvolveu, em apenas seis meses, uma terapia de edição genética baseada em edição de bases- “base editing”- especificamente desenhada para corrigir a mutação de KJ. A terapia foi desenvolvida, testada e administrada in vivo em três doses. O resultado? O bebé apresenta melhorias significativas, conseguindo consumir a quantidade de proteína recomendada para a sua idade. Embora ainda seja cedo para falar em cura, este caso marca um avanço promissor na medicina personalizada e no tratamento de doenças genéticas ultra-raras.

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“Cientistas de Coimbra mostram o impacto de terapia genética em doença da visão “

Um estudo desenvolvido pela Universidade de Coimbra e pela Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra), demonstrou o uso de terapia genética no tratamento de um tipo de distrofia hereditária da retina associada a perda grave de visão bilateral. Esta tratamento é denominado “voretigene neparvovec”, que consiste na substituição do gene RPE65 que não está a funcionar corretamente, por uma cópia funcional do mesmo, através de um vetor viral. No artigo científico “Improvements induced by retinal gene therapy with voretigene neparvovec depend on visual cortical hemispheric dominance mechanisms”, foi também relatado não só melhorias na retina dos pacientes como também melhorias a nível do cérebro. Foi também destacada a evidência crescente da necessidade de «reeducar» os circuitos cerebrais, mesmo nos casos em que a terapia é dirigida para órgãos dos sentidos, como acontece na audição, com os implantes cocleares e o posterior processo de reeducação auditiva, que implica profissionais como os terapeutas da fala.

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